Os principais produtos brasileiros de exportação
Em junho de 2018, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o montante de US$ 9,21 bilhões, o que representou retração de 0,7% em comparação aos US$ 9,27 bilhões exportados em junho de 2017.
Com esse valor, o agronegócio representou 45,6% do total das vendas externas brasileiras no mês. As importações do agronegócio totalizaram US$ 1,04 bilhão em junho, com retração de 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio no mês foi de US$ 8,17 bilhões (+0,7%).
Os cinco principais setores do agronegócio no período foram: complexo soja, com participação de 53,5% das exportações; produtos florestais, com 14,4%; carnes, com 8,3%; complexo sucroalcooleiro, com 7,0%; e café, com participação de 3,9%.
Em conjunto, as vendas externas dos cinco setores mencionados apresentaram participação de 87,0% do total exportado pelo agronegócio brasileiro em junho de 2018. (Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
Liderados pela soja em grãos, sete produtos do agronegócio também figuraram entre os dez principais bens exportados pelo Brasil em 2017. Juntos, a soja, carne de frango e bovina, açúcar em bruto, celulose, café e farelo de soja foram responsáveis por 26,8% de um total de US$ 217,74 bilhões embarcados pelo país para o exterior no ano passado. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
A relação dos dez principais produtos negociados pelo Brasil em 2017 contou ainda com a participação de outros quatro produtos do agronegócio: carne de frango, celulose, carne bovina, farelo de soja e café em grãos.
Não é exagero dizer que a agricultura brasileira ajudou a “segurar” a economia nacional durante os últimos anos de recessão, reforçando ainda mais a importância estratégica do setor. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), em 2017, o agronegócio representou 23,5% de tudo o que o Brasil produziu.
Dois principais fatores estão associados ao crescimento da atuação agropecuária do Brasil no mercado externo: a mecanização do campo, vivenciada no país a partir da segunda metade do século XX, e a expansão da fronteira agrícola para o interior do território ao longo do mesmo período. Assim, elevou-se a produtividade nas áreas produzidas, bem como as áreas cultivadas, embora muitas áreas de expansão apresentem modelos tradicionais, uso extensivo da terra e baixa produtividade.
Dos principais produtos agropecuários do Brasil, cabe destaque para a cana-de-açúcar, o café e a laranja, dos quais somos os maiores produtores mundiais; a soja, o fumo e a carne bovina, e ocupamos a segunda posição internacional; e o milho, produto em que o Brasil é o terceiro país em volume de produção anual.
Para termos uma ideia do crescimento do setor da cana de açúcar basta verificarmos a situação das usinas do Brasil.
Além desses produtos em destaque na agricultura brasileira, também cabe ressaltar a importância socioeconômica de outras culturas também amplamente cultivadas no território brasileiro, como o cacau, o arroz, o feijão, o algodão, o trigo (embora ele seja muito importado), a fruticultura, entre outros.
Concluindo, de acordo com as projeções da FAO, para que todos tenham acesso à segurança de alimentos, em 2050, será preciso um quadro econômico que corrija as desigualdades, com redução da pobreza e a produção de alimentos que leve em conta as limitações dos recursos naturais.
É preciso encontrar formas de aliar o crescimento da produção de alimentos com a preservação ambiental e a sustentabilidade. É dessa forma que o Brasil pode servir de modelo para o mundo.
Fonte: foodchain.com